Universidades Seniores

As Academias e Universidades Seniores (US) são “como respostas socioeducativas que visam criar e dinamizar regularmente actividades nas áreas sociais, culturais, do conhecimento, do saber e convívio, a partir dos 50 anos de idade, prosseguidas por entidades públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos” in RCM 76/29.

As US são hoje o programa de educação de adultos com mais sucesso no mundo inteiro envolvendo milhões de pessoas nos 5 continentes. Em Portugal, as US da RUTIS significa, mais de 45.000 alunos, 300 entidades e 5.500 professores voluntários. Ver caracterização das US Portuguesas.

As US funcionam em horário laboral, durante a semana, seguindo o calendário escolar (abrem em Setembro/Outubro, fecham no Natal, Carnaval e Páscoa e encerram em Junho/Julho), com disciplinas e actividades de artes, informática, desporto, ciências sociais e humanas, cidadania, etc. As disciplinas existentes variam de US para as US, sendo as mais populares a informática, a saúde, história, inglês e cidadania. A idade mínima para frequentar é de 50 anos e o valor médio nacional das mensalidades são de 12€.

A abordagem do envelhecimento activo e bem-sucedido baseia-se no reconhecimento dos direitos humanos das pessoas mais velhas, e nos princípios de independência, participação dignidade, assistência e auto-realização. O planeamento estratégico deixa de ter um enfoque baseado nas necessidades e passa a estar baseado nos direitos, o que permite o reconhecimento dos direitos das pessoas mais velhas à igualdade de oportunidades e tratamento de todos os aspectos da vida à medida que envelhecem.

Esta abordagem tem dupla importância: do ponto de vista individual é fundamental para uma velhice mais positiva, activa ou bem-sucedida; por outro lado, do ponto de vista colectivo é do interesse generalizado que a sociedade seja constituída por pessoas saudáveis. Quanto mais saudáveis e activas forem as pessoas mais velhas, maior a sustentabilidade dos serviços de saúde e de apoio social.

Os resultados da acção das Universidades e Academias Sénior são inquestionáveis quanto ao bem-estar que propiciam, quer no reforço das perspectivas de inserção e participação social, quer na melhoria das condições e qualidade de vida das pessoas que as frequentam.

Verifica-se igualmente que a frequência destas estruturas tem impacto na alteração dos modos de vida, proporcionando benefícios a vários níveis: aumento dos conhecimentos adquiridos, nomeadamente através do aumento da cultura geral e da percepção da melhoria contínua das capacidades de aprendizagem, assim como da promoção de estilos de vida saudáveis, através da prática de exercício físico e de hábitos de alimentação equilibrada.

As mais-valias não se situam apenas na manutenção de actividades de índole intelectual e física e na aquisição do conhecimento em si mesma, mas é, igualmente, primordial o seu cariz de socialização e de manutenção de contactos sociais.

Se, por um lado, os estímulos à capacidade de aprendizagem e de participação podem contribuir para a sociedade se distanciar de alguns estereótipos e imagens negativas atribuídas ao envelhecimento e à velhice, por outro lado, e do ponto de vista individual, ajudam a perspectivar projectos e objectivos futuros, promovendo, assim, o aumento da esperança de vida com qualidade e dignidade.